Em Pandora, os colonizadores humanos e os nativos humanóides, os Na'vi, entram em guerra pelos recursos do planeta e a continuação da existência da espécie nativa. O título do filme refere-se aos corpos humano-Na'vo geneticamente modificados e remotamente controlados usados pelos personagens humanos do filme para interagir com os nativos.
Apesar de ser uma ficção, o filme é baseado em conhecimentos da ciência. A revista Veja apontou alguns pontos em comuns entre a realidade e a ficção. Confira:
AS FORMAS DE VIDA BIOLUMINESCENTES
No filme: em Pandora, diversas das espécies de plantas e animais brilham no escuro
Na ciência: a habilidade de alguns organismos para criar sua própria luz, ou bioluminescência, não é incomum na Terra. Pode ser observada em vaga-lumes, algas e em várias criaturas das profundezas marinhas, aonde a luz solar nunca chega. Pandora é uma lua e, como a nossa Lua, está "amarrada" ao seu planeta-mãe. Tem portanto uma face permanentemente voltada para o planeta e outra permanentemente voltada para o espaço. Ou seja, um dia lunar equivale a uma órbita completa em torno do planeta-mãe. Para efeito de comparação, um dia da nossa Lua equivale a 27 dias terrestres e uns quebrados (todas as fases da Lua, de ponta a ponta), o que significa que sua noite é mais ou menos metade disso.
A LOCALIZAÇÃO DE PANDORA
No filme: Pandora é uma lua do planeta Polyphemus, no sistema de Alfa Centauro, a cerca de 4,4 anos-luz da Terra. Lá, sob a luz branca e ligeiramente amarelada da estrela Alfa Centauro A, semelhante ao nosso Sol, florestas luxuriantes suportam um grande número de formas de vida, inclusive a população tribal chamada Na’vi.
No filme: Pandora é uma lua do planeta Polyphemus, no sistema de Alfa Centauro, a cerca de 4,4 anos-luz da Terra. Lá, sob a luz branca e ligeiramente amarelada da estrela Alfa Centauro A, semelhante ao nosso Sol, florestas luxuriantes suportam um grande número de formas de vida, inclusive a população tribal chamada Na’vi.
Na ciência: Alfa Centauro, constituído de três estrelas, é o sistema solar mais próximo do nosso. Vários times de astrônomos, em particular das universidades Yale, nos Estados Unidos, de Genebra, na Suíça, e de Canterbury, na Inglaterra, estão numa corrida para identificar planetas e luas com condições mínimas de abrigar vida que porventura existam ali. Já se sabe que planetas gigantes como o fictício Polyphemus, que Avatar diz ser semelhante a Júpiter, não existem. Mas mundos de escala como a da Terra ainda são uma possibilidade. A favor de Alfa Centauro conta também o fato de que dois de seus sóis têm composição química similar à do nosso e propiciam a existência de uma zona branda - em que, se houvesse água na superfície de um mundo, ela poderia estar em estado líquido - de dimensões bem razoáveis
OS AVATARES
No filme: o genoma de um ser humano é combinado ao dos Na’vi, a população nativa, para a criação de um avatar - um corpo igual ao dos Na’vi, capaz de sobreviver no ar tóxico de Pandora, mas controlado telepaticamente, por meio de uma interface ultrassofisticada, pelo homem ou mulher que é "dono" desse corpo. Para o protagonista Jake Sully, a experiência é inebriante: ele está paraplégico, mas, quando ocupa seu avatar, pode se movimentar com toda a liberdade que perdeu - e mais um tanto
Na Ciência: o primeiro passo desse processo, a criação de uma interface cérebro-máquina, é a grande ambição de projetos como o liderado pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis na Universidade Duke, no estado americano da Carolina do Norte: a equipe de Nicolelis vem trabalhando no desenvolvimento de uma "neuroprótese" - um aparato que, "vestido" por uma pessoa paralisada e comandado por seu cérebro, permita que ela se movimente. Em 2008, eles obtiveram um avanço impressionante. Treinaram um macaco Rhesus para andar ereto numa esteira. Eletrodos captaram os sinais neuronais do animal enquanto ele caminhava e os enviaram via internet a um laboratório no Japão, onde um robô usou esses sinais para sincronizar seus movimentos com os do macaco. A partir daí, os pesquisadores vêm ensinando os macacos a controlar seus próprios avatares. Vários experimentos já tiveram sucesso no comando a distância de braços robóticos - que possibilitariam, por exemplo, a realização de cirurgias remotamente, com o cirurgião num ponto do planeta e o paciente em outro. Outros grupos de pesquisa ainda trabalham na interface cérebro-máquina para ajudar pacientes a sintetizar uma voz ou a mover cursores de computador com as ondas cerebrais
OS ANIMAIS COM SEIS PATAS
No filme: as criaturas que habitam Pandora são muito peculiares. Em geral são grandes, e muitos dos animais têm seis patas.
Na ciência: a gravidade reduzida de Pandora explicaria por que esse mundo suporta formas de vida agigantadas. O hexapodismo - ou seja, a existência de seis membros -, tão comum entre suas espécies, poderia parecer, assim, contraditório: em tese, o maior número de membros seria para suportar mais peso. Mas o hexa e multipodismo é, na Terra, mais comum justamente entre os seres menores, os insetos.
Na ciência: a gravidade reduzida de Pandora explicaria por que esse mundo suporta formas de vida agigantadas. O hexapodismo - ou seja, a existência de seis membros -, tão comum entre suas espécies, poderia parecer, assim, contraditório: em tese, o maior número de membros seria para suportar mais peso. Mas o hexa e multipodismo é, na Terra, mais comum justamente entre os seres menores, os insetos.
AS SUPERARMADURAS
No filme: os soldados estacionados em Pandora usam, para trabalho ou combate, enormes veículos blindados exoesqueletais que amplificam seus movimentos: o operador move o braço ou a perna alguns centímetros, e a armadura descreve exatamente o mesmo movimento em escala muito maior e com força enormemente ampliada por seu sistema hidráulico.
Na ciência: o Exército americano adoraria dispor de armaduras como essas, com que os soldados pudessem carregar equipamento pesado e armas de grande porte em situações de combate e resgate e também para a fisioterapia de combatentes feridos. Tanto que, desde 2000, sua Agência de Pesquisa de Projetos de Defesa Avançados (Darpa) já destinou várias dotações orçamentárias para esse tipo de programa. Até o momento, desenvolveu uma máquina de cerca de 70 quilos, chamada XOS, ajustada aos braços, pernas e torso do operador, possibilitando que ele levante pesos repetidas vezes sem nem transpirar, mas seja capaz também de movimentos finos como subir escadas ou chutar uma bola. A maior desvantagem da XOS é que ela ainda necessita estar ligada por cabo a uma fonte de energia, o que reduz drasticamente seus usos.
Veja ainda o trailler do filme
Fonte: Revista Veja
Na ciência: o Exército americano adoraria dispor de armaduras como essas, com que os soldados pudessem carregar equipamento pesado e armas de grande porte em situações de combate e resgate e também para a fisioterapia de combatentes feridos. Tanto que, desde 2000, sua Agência de Pesquisa de Projetos de Defesa Avançados (Darpa) já destinou várias dotações orçamentárias para esse tipo de programa. Até o momento, desenvolveu uma máquina de cerca de 70 quilos, chamada XOS, ajustada aos braços, pernas e torso do operador, possibilitando que ele levante pesos repetidas vezes sem nem transpirar, mas seja capaz também de movimentos finos como subir escadas ou chutar uma bola. A maior desvantagem da XOS é que ela ainda necessita estar ligada por cabo a uma fonte de energia, o que reduz drasticamente seus usos.
Fonte: Revista Veja
0 Deixe seu comentário aqui!:
Postar um comentário